quarta-feira, novembro 05, 2003

E ontem eu fui pro Hospital trocar meu gesso, e eu acabei nem trocando o gesso, só colei um saltinho.
A partir de sexta-feira eu posso colocar meu pé no chão. Muito mágico.
E ai que no caminho eu acabei discutindo com meu pai, normal; a gente briga desde que eu me conheço por gente.
E ele ficou reclamando um pouco da vida, falando falando e falando. E aí que eu descobri e notei o quanto eu o amo, e o adimiro, e o respeito, e o quanto eu aprendi e aprendo com ele sempre.
E uma das coisas que ele me ensinou é que eu não preciso bajular nem babar ovo prá ninguém prá conseguir chegar em algum lugar. E eu acredito nisso, e eu acho que eu aprendi a lição. Porque uma coisa que eu não faço é ficar paparicando os outros.
Acredito que se você tem competência, talento e determinação você consegue o que você quer; meu pai acreditou nisso a vida inteira, e agora a vida mostra prá ele que não é bem assim.
Mas desculpa; eu não vou mudar as minhas convicções, e acho que nem ele vai.
E é por isso que eu o admiro, ele faz o que tem que ser feito, de acordo com a ideologia que ele tem. Porque assim, ele pode encostar a cabeça no travesseiro a noite e dormir sem estar brigado com a sua consciência, sem se sentir traido por ele mesmo.
E eu acho que no final das contas é isso que importa.
E eu precisava escrever tudo isso aqui, porque eu não tenho coragem de dizer o quanto eu o amo.
Eu preciso dizer, eu sei, porque a gente sempre deve dizer o quanto amamos os outros.
Um dia eu consigo.
"Ser indie é escutar tudo que o Lúcio Ribeiro fala que é bom (aka White Stripes)."
Eu gosto de White Stripes, mas não por causa do Lúcio Ribeiro.