Fui ver a peça do marco hoje, no mínimo interessante.
Gostei bastante.
Eu odeio a sensação de de-jà-vieu (eu tive aulas de francês no colégio, acreditem. Mas não faço idéia de como se escreve essa porcaria) quando entrei na sala; me bateu um desespero, porque eu conhecia aquele lugar, as cadeiras, o pilar no canto da sala, o controle de som lá em cima; tenho certeza absoluta que eu nunca estive lá; absoluta, mas mesmo assim eu conhecia aquela sala, enfim.
Mas foi bom ter ido; ver pessoas diferentes, conhecer pessoas diferentes; rir um pouco.
O fato que eu odeio é me sentir desconfortável quando eu estou perto do Marco; sim porque ele acha que me conhece.
E isso me irrita profundamente; se fossem verdades, ou mesmo se ele me conhecesse de fato, e apontasse meus defeitos ou características da minha personalidade eu não me incomodaria. Mas me incomoda; me incomoda uma pessoa que me viu duas vezes (ou três, no máximo) na vida achar que pode traçar meu perfil psicológico.
E que ódio que eu tenho da minha memória falha (e da cerveja que eu tomei); porque senão eu escreveria aqui e agora as coisas que eu fui obrigada a ouvir sobre a minha pessoa; caraleo, eu queria muito lembrar. Porque vocês iam rir. Eu ri.
Mas tudo bem.
Eu só estou um pouco irritada.
Vai passar.
.ouvindo: black box recorder – girl singing in the wreckage