Amanhã tem casamento do irmão da minha vizinha. Repito: Irmão-da-minha-vizinha.
Minha vizinha de frente, mas isso não me torna mais "íntima" do irmão dela.
Eu não vou no casamento do irmão da minha vizinha, eu vou sair com meus amigos e ponto final.
Eu odeio casamentos, ainda mais de quem eu não tenho a mínima simpatia e afinidade. Eu nem conheço a cara do dito cujo e muito menos da pobre coitada que vai casar com ele.
Eu choro em casamentos, odeio vestido de noiva-bolo-de-festa e aquele tapete vermelho brega. Odeio daminhas de honra e buquê de flores e a típica idiotice da noiva jogá-lo prás solteiras sedentas pela esperança de que, se elas agarrarem o buquê estão garantindo alguma coisa.
Odeio ter que parabenizar os noivos por estarem fazendo a maior besteira de suas vidas.
Odeio o padre falando "Pode beijar a noiva" e toda aquela ceninha Holywoodiana medíocre.
Odeio.
Eu nunca vou casar.
E eu odeio entrar em igreja por obrigação. Entro quando dá vontade de ver as coisas.
Se for prá rezar eu não entro na igreja. Não mesmo, prá mim não faz a mínima diferença.
Quando eu era pequena, minha mãe me disse que quando a gente entra pela primeira vez numa igreja a gente pode fazer três pedidos.
E eu me lembro que quando meu avô estava no hospital, doente, de cama pelo erro de um médico fdp, eu fui numa igreja que eu nunca tinha ido, fui com a Amanda.
Sentei naquele banquinho, ajoelhei e fiz um único pedido; pedi pro meu avô melhorar e sair logo do hospital.
Papai do céu não atendeu o meu único, simples e justo pedido. Desde então eu parei de entrar em igrejas prá rezar.
Bullshit.
Sai às oito do trabalho hoje, estava sem almoço e parei pra comer no Mc Câncer. Comi um Mc Espanha, fiquei pasma ao constatar que havia beringela e abobrinha no meio do sanduíche. Saudável han?
Ouvindo: Strokes - Someday